23.6.08

Celular é o novo aliado na organização de protestos
Publicado em: Valor Econômico
16/06/2008

"Praça de Mayo 20h. Caçarolaço. A favor do campo, contra a corrupção kirchnerista. Passe adiante - Argentina precisa de você". Milhares de pessoas em Buenos Aires receberam essa mensagem em seus celulares em 25 de março, por volta de 19 horas. Foi logo depois de um discurso da presidente Cristina Kirchner em que ela criticou duramente uma greve dos agricultores que havia começado uma semana antes - e até hoje não terminou.

Apenas três horas após o discurso, a emblemática Praça de Mayo, que fica em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino, estava lotada de gente batendo panelas, carregando bandeiras, cantando palavras de ordem em manifestação de apoio ao campo, contra o governo. Eles dividiam o espaço com centenas de opositores, a favor do governo e contra o campo, que também se mobilizaram com a rapidez de um relâmpago.

Rafael Escalante, 22 anos, formado em ciência política pela Universidade de Buenos Aires, foi um dos que receberam a mensagem de convocação ao caçarolaço, quando saía do trabalho. "Recebi mensagens no celular e fui à manifestação na Praça de Maio, mas não por causa das mensagens, fui porque estava na rua e vi todo mundo indo para lá", conta Rafael.

O historiador Ignacio Bracht, de 52 anos, disse que recebeu cerca de cinco mensagens para o protesto daquela noite e continuou recebendo para manifestações posteriores, em outros locais e datas, a maioria a favor dos agricultores. Bracht admite ter pouca afinidade com a tecnologia e que decididamente não está no grupo de aficcionados que passam horas na frente de um computador. Mas desde que descobriu a mensagem de texto no celular tem sido seu meio favorito de comunicação. "É um meio eficiente para difundir uma idéia ou mobilização."

Não precisa muito para os argentinos armarem uma manifestação pública. Passeatas interrompendo as ruas fazem parte da paisagem de Buenos Aires e todos os dias há pelo menos um protesto. Há dias em que são vários, simultâneos, em diversos pontos da cidade, tornando o trânsito um caos.

A novidade é que de um ano e meio para cá eles estão se mobilizando cada vez mais rápido graças à ajuda da tecnologia com mensagens de texto, correios eletrônicos, blogs e o próprio celular. A Argentina é o país com o maior índice de acesso à telefonia celular da América do Sul. Estatísticas da Comissão Nacional de Comunicações e da União Internacional de Telecomunicações indicam que há quase um celular por pessoa na Argentina contra 0,83 nos EUA e no Brasil.

Javier Jayo, secretário especial da Confederação Agrária Argentina (CRA), confirma que o celular é um dos instrumentos que os agricultores em greve têm usado para chamar seus colegas nas fazendas vizinhas. De pontos remotos em meio às extensas lavouras de soja, milho e girassol, eles se comunicam e saem juntos às estradas que margeiam as fazendas. "Nós (da CRA) não os convocamos, a maioria são auto-convocados que se mobilizam e vão para as estradas protestar", disse Jayo ao Valor.

Os meios eletrônicos também têm ajudado a mobilizar os funcionários do Indec, o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos, diz a socióloga Carolina Ocar, pesquisadora da área de estudos populacionais. Delegada do ATE, um dos dois principais sindicatos de funcionários públicos do país, Carolina faz parte de uma comissão que se encarrega de organizar os movimentos coletivos do sindicato.

Há quase um ano e meio, o Indec sofreu uma intervenção do governo Kirchner, com a demissão de toda a diretoria e deslocamento de parte dos funcionários para outros ministérios. O sindicato denuncia que os índices (principalmente o de inflação) estão sendo manipulados pela nova diretoria para parecerem melhores do que são.

Em protesto contra a intervenção, os funcionários organizados pelo ATE fazem semanalmente um "abraço" ao prédio do órgão no centro de Buenos Aires. Além disso, promovem reuniões em universidades e nas portas dos ministérios, do Congresso Nacional e até de supermercados. A divulgação dos eventos usa instrumentos tradicionais como panfletos e adesivos em papel. Mas cada vez mais se usa a técnica de "subir" panfletos a diferentes blogs e sites na internet. As mensagens de texto e correios eletrônicos chegam não só a todos os cerca de 1.400 funcionários (a maioria filiada a outro sindicato) mas também para uma lista de 1.600 contatos que incluem organizações sociais e políticas, jornalistas, centros estudantis e outros sindicatos, diz Carolina.

Existem razões históricas para que os argentinos sejam tão mobilizados e protestadores, diz a socióloga do Indec. "Tivemos forte influência dos imigrantes italianos e espanhóis que vieram para cá nos séculos XIX e XX - a maioria deles anarquistas, socialistas e comunistas em seus países de origem", explica Carolina, frisando que esta é uma característica da capital, que não se repete no interior.

Mas a propensão ao protesto se acentuou muito depois da crise de 2002, diz a cientista política Gabriela Da Mata, professora na Universidade de San Martín. "Em geral, as mobilizações desde 2003 são respostas a políticas do governo e do Estado. Nos anos 90, os protestos denunciavam e/ou expressavam a ausência do Estado em dimensões básicas da vida social." Gabriela minimiza o poder de mobilização dos meios eletrônicos. "Os meios eletrônicos têm contribuído para a organização de protestos. Mas não são indispensáveis na gestação de uma mobilização", afirma.

Link para a notícia:

http://www.ritla.net/index.php?option=com_content&task=view&id=3517&Itemid=170

16.6.08

Celular será porta de entrada para internet, diz "pai" da rede

da Folha Online

Em entrevista publicada pelo jornal francês "Le Monde" e reproduzida pelo caderno Mais deste domingo, o evangelista-chefe do Google, Vinton Gray Cerf, afirma que, para grande parte da população, o primeiro contato com a internet virá pelo celular e prevê um novo conceito para definir a rede.

Cerf prega a disseminação da internet. Esse é seu cargo na corporação Google, líder nesse mercado: evangelista-chefe de internet, além de vice-presidente. Mas Cerf, 64, é mais conhecido como pai da internet, por haver criado, com Robert Kahn, os protocolos TCP/IP, parte da estrutura básica de funcionamento da rede mundial --em breve interplanetária, se depender dele-- de computadores.

Leia abaixo trechos da entrevista. A íntegra está disponível para assinantes da Folha e do UOL.

PERGUNTA - O sr. fez parte do grupo que conceituou a internet. Como vê a evolução da rede mundial?

VINTON CERF - Hoje em dia, muito mais gente tenta inovar na internet. Para descrever seu modo de evolução atual, muitas vezes recorro ao modelo do formigueiro. Caso você observe duas ou três formigas ao longo de todo um dia, é provável que pouco aconteça de interessante. Mas há milhões delas no formigueiro. E, a cada dia, uma ou duas formigas descobrem alguma coisa que beneficiará todas. A internet funciona assim.

Com quase 1,3 bilhão de usuários , o equivalente a cerca de 20% da população mundial, novas experiências são realizadas a cada dia.

Fico sempre um pouco febril ao ler as páginas de negócios da imprensa, porque muitas vezes descubro ali que alguém inventou um novo uso para a internet, ao qual teremos de nos adaptar, uma vez mais.

PERGUNTA - Como a web 2.0 contribui para novos usos da rede (blogs, chats, trocas de arquivo)?

CERF - A meu ver, o termo 'web 2.0' é basicamente um slogan de marketing. Dá a entender que uma nova geração da web apareceu.

Acredito, em lugar disso, que a internet se transforma de acordo com um modelo de coevolução. Interage com tudo que a cerca e, então, se adapta. As novas aplicações levam a rede aos seus limites e forçam a criação de novas soluções técnicas.

Isso posto, devo reconhecer que certas inovações associadas à web 2.0 são um fato. No passado, os primeiros sistemas de troca de informações entre empresas não funcionavam bem por falta de padronização --e foi isso exatamente que a web 2.0 veio a fornecer.

E o avanço chegou em um bom momento. Nos EUA, os grandes investimentos realizados para enfrentar o bug do milênio, antes de 2000, permitiram automatizar a atividade interna das empresas.

Resta efetuar a etapa seguinte: automatizar o intercâmbio de informações entre empresas. E que melhor ferramenta para isso do que a internet?

PERGUNTA - E quanto ao comércio eletrônico?

CERF -Tomemos por exemplo uma empresa que disponha de uma lista de apartamentos para alugar em Dallas, no Texas.

Ela pode inserir essas informações no Google Maps. Quando uma pessoa está procurando casa, o banco de dados da imobiliária mostra todos os apartamentos que atendam aos critérios especificados.

Uma empresa assim estaria utilizando os recursos da web para aumentar o valor de suas informações.

PERGUNTA - Podemos esperar aplicações semelhantes para celulares?

CERF - Com certeza. Trata-se de um objeto que a pessoa carrega aonde quer que vá. Pode-se, nesse caso, apresentar perguntas que não fariam sentido caso o sistema de informação associado desconhecesse sua localização. Procurar o cinema mais próximo, por exemplo.

Os aparelhos móveis abrem as portas à obtenção de informações geograficamente indexadas de grande valor. Já existem 3 bilhões de celulares no mundo, dos quais 15% são capazes de acesso à internet, ou seja, quase meio bilhão de aparelhos. No futuro, para fração significativa da população, o primeiro contato com a internet acontecerá via celular, e não pelo computador.

PERGUNTA - Usar o celular torna menos confortável a utilização da internet?

CERF - À primeira vista, sim. A tela não tem tamanho parecido. Quanto ao teclado, seria ótimo se nós tivéssemos dez centímetros de altura. Mas quase todos nós somos maiores.

É preciso, assim, imaginar novas práticas. O celular que possa detectar a presença de uma tela de computador no local - não haveria motivo para que a informação não pudesse ser transmitida para ela e exibida. O mesmo vale para um teclado sem fio.

As pessoas estão tão acostumadas a usar a internet com um aparelho por vez que nem imaginam que um celular poderia se tornar o coração de uma pequena rede.

Tradução de Paulo Migliacci

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u412746.shtml

15.6.08

Telefone celular vira arma no combate contra a pobreza
Telefonia móvel já é usada para prestar serviços aos pobres, mas potencial pode ser mais explorado, defende evento em São Paulo

OSMAR SOARES DE CAMPOS
da PrimaPagina

Os telefones celulares, cada vez mais difundidos, podem ser uma ferramenta importante na gestão pública por meios eletrônicos e na assistência a pessoas pobres. Serviços de mensagens de texto (SMS) e portais de voz (comunicação falada) já são usados por governos e organizações não-governamentais — sobretudo em países da África e da Ásia, e mesmo em alguns locais do Brasil —, mas têm potencial para crescer ainda mais, segundo especialistas reunidos num encontro internacional realizado nesta semana em São Paulo.

Os dados mais recentes da UIT (União Internacional de Telecomunicação, um braço da ONU) estimam que em 2006 havia 2,685 bilhões de usuários de celular no mundo. No Brasil, de acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios), 65,3% da população tinham telefone celular em 2006. Nas famílias com renda de até 10 salários mínimos, a proporção era de 61,7%.

"Essas tecnologias podem ser uma ferramenta muito útil para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e na oferta de serviços pelo Estado para população mais carente", afirma o oficial de programa do PNUD Fausto Alvim, um dos palestrantes no seminário Tecnologias Móveis: seu papel na Promoção do Desenvolvimento Social, que terminou na terça-feira (03/06). "Mas ainda se discute a melhor maneira de usar os celulares como solução", acrescenta.

Organizado pela W3C — consórcio de empresas de tecnologia que discute padronizações e protocolos para a rede mundial de computares —, o seminário teve o PNUD entre os patrocinadores e reuniu palestrantes de várias partes do mundo para apresentar experiências e discutir formas de disseminar a assistência aos mais pobres por meio de telefone celular.


Há experiências nessa área em diversos países em desenvolvimento, particularmente na Índia e em alguns países da África. Elas usam os telefones celulares como plataforma de entrega de serviços a comunidades rurais e pessoas pobres. As iniciativas abrangem agendamento de consultas médicas, serviços financeiros e em educação. Um dos casos apresentados no evento é a possibilidade, em algumas regiões remotas da China, de os pais registrarem recém-nascidos por meio de mensagens de texto.

O UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), por exemplo, realiza um trabalho de monitoramento de crises na África por meio de celular. "As pessoas mandam mensagens de SMS, que são captadas por uma rede do UNICEF. Quando acontece algum tipo de emergência, eles mandam pessoas para o local, normalmente aldeias de difícil acesso e comunicação", conta Alvim. "As mensagens permitem ao fundo da ONU, por exemplo, saber se acontece uma epidemia entre as crianças, algum tipo de massacre, problemas de fome e de desnutrição em regiões remotas da África."

Uma das questões centrais do encontro foi como padronizar tecnologias. Hoje, como as empresas nem sempre usam tecnologias similares de SMS, a troca de mensagens entre celulares de marcas diferentes às vezes fica truncada. Outro problema é o preço dos aparelhos que oferecem internet móvel. "A maioria dos celulares que dispõem da tecnologia de internet móvel é muito sofisticada, muito cara. Os fabricantes incluem nos aparelhos com esses serviços vários produtos supérfluos, como câmera e MP3, que encarecem muito o aparelho", afirma o oficial do PNUD.


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http://www.pnud.org.br/noticias/impressao.php?id01=2960
Jovens de 12 e 13 anos recebem tratamento por vício em celular
Eles foram admitidos em clínica da Espanha, a pedido dos próprios pais.
Além de ir mal na escola, ambos mentiam para conseguir dinheiro gasto com crédito.
Do G1, em São Paulo

Uma clínica psiquiátrica da Espanha admitiu dois jovens, de 12 e 13 anos, por estarem viciados em telefones celulares. Segundo os pais dos jovens, de quem partiu a iniciativa do tratamento, os adolescentes não conseguiam mais realizar atividades consideradas normais sem seus aparelhos. Eles iam mal na escola e mentiam para conseguir dinheiro que seria gasto com crédito para os telefones, diz a “BBC”.

Há três meses eles vêm passando por tratamento para aprender a viver sem telefones celulares. Segundo Maite Utges, responsável por uma clínica psiquiátrica para crianças e jovens em Lleida, essa é a primeira vez que o centro recebe pacientes com esse tipo de dependência. Sua recomendação é de que apenas os maiores de 16 anos tenham esses aparelhos.

“Ambos mostraram um comportamento perturbado e isso refletia nos resultados ruins na escola. Eles apresentavam sérias dificuldades em ter vidas normais”, disse, de acordo com jornais espanhóis. Os jovens tinham esses aparelhos há 18 meses e seus pais haviam feito pouco esforço para restringir o uso até perceberem indícios de dependência. A reportagem não especifica se os dois pacientes são irmãos.

De acordo com Utges, deve levar pelo menos um ano de tratamento até que os pacientes consigam se livrar da dependência. Jose Martinez-Raga, especialista em vícios, afirmou que, assim como os dependentes de videogames, os jovens viciados em telefones celulares se tornam irritados, anti-sociais e apresentam piora nos resultados escolares.

Entrevistado pela publicação “Guardian”, o psicólogo Mark Griffiths, da Nottingham Trent University, disse receber uma ou duas ligações de pais preocupados com a forma como seus filhos usam o telefone celular. “Em muitos casos não se trata de vício propriamente dito, mas de um comportamento habitual. A impossibilidade de acesso causa sintomas a esses usuários”, explicou.



Japão
No final do mês passado, governo japonês iniciou uma campanha para alertar os pais e escolas a limitar o uso desses aparelhos entre as crianças. O objetivo é fazer com que os menores só usem seus celulares quando realmente necessário e sejam proibidos de acessar informações “prejudiciais”, que tenham influência negativa sobre eles.

O governo está preocupado com o fato de jovens estudantes passarem tantas horas conectados via celular, trocando e-mails e sofrendo outros efeitos negativos de seu uso abusivo, afirmou Masaharu Kuba, oficial do governo responsável pela iniciativa. “Os pais dão celular para seus filhos sem pensarem muito sobre o assunto. No Japão, eles se tornaram brinquedos caros.”

Cerca de 60% dos japoneses na faixa etária dos 12 anos têm telefones celulares, diz o ministério da educação. Entre os jovens com 15 anos, esse valor sobe para 90%. A maioria desses aparelhos faz parte da terceira geração, com acesso a serviços de internet.

http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia

6.6.08

Boato sobre ligação de celular assassina gera tensão na Indonésia
Efe, Jacarta

Um boato que alerta para a difusão de uma "ligação de celular assassina" que mata os cristãos que atendem à chamada instigou na Indonésia as tensões entre a maioria muçulmana e o resto da população.

Nos últimos dias, o "hoax" (como são conhecidos os boatos virtuais) se estendeu através de mensagens de telefone celular (SMS) e fóruns na web. Segundo as discussões dos internautas, a nova companhia de telecomunicações que acaba de entrar no país está aliada com o demônio.

Prova disso seria a oferta de lançamento da companhia, que repete três vezes o número "6" (666), dando origem a todo tipo de explicações satânicas. Além disso, Axis, o nome da empresa, significa "tortura" em indonésio se for lido de trás para frente ("sixa").

"Não é piada, eu recebi o aviso", afirma um jovem católico de Maumere, a maior cidade de Flores (sul da Indonésia), que prefere não se identificar. Para provar isso, ele mostrou a mensagem enviada a seu aparelho de celular.

O SMS alerta para a existência da nova companhia telefônica e assegura que sob nenhuma hipótese pode-se atender a uma chamada que começa pelo prefixo "0866" --os números iniciais de todos os telefones da operadora--, pois causaria a morte.

"Dois casos"

"Em Flores já houve dois casos, duas pessoas jovens e saudáveis que atenderam a ligação e morreram poucos dias depois", acrescenta o jovem, que, em seguida, diz sentir-se oprimido como católico em um país onde cerca de 90% da população são muçulmanos.

Segundo vários observadores, o boato da ligação assassina não tem lógica ou qualquer credibilidade, além de lembrar o roteiro do filme japonês "Chakushin ari". No entanto, acrescentam, o incidente revela as tensões de origem religiosa que existem na Indonésia e que só precisam de fatos como este para se espalhar.

Com mais de 200 milhões de fiéis, a Indonésia é a nação com maior população muçulmana do mundo, mas conta também com grandes comunidades de outras confissões, que aparecem geralmente agrupadas geograficamente.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u407102.shtml
Celular aponta que pessoas são previsíveis

Reuters

Pesquisadores monitoraram 100 mil pessoas por meio do celular e confirmaram que a maioria se desloca seguindo um padrão previsível: vai para o trabalho, para a escola e volta para casa. Quase três quartos permaneceram seis meses num círculo de 32 km de diâmetro.

"Essa semelhança inerente nos padrões de deslocamento pode impactar todos os fenômenos impulsionados pela mobilidade humana, da prevenção de epidemias a respostas para emergências", dizem os pesquisadores.

Albert-Laszló Barabási, da Northeastern University (EUA) e colegas publicaram sua pesquisa na revista científica "Nature".