31.3.08

CELULAR TERÁ PROJETOR DE VIDEO

Equipamento de bolso ainda em desenvolvimento servirá para projeções em superfícies planas

Anne Eisenberg, The New York Times - Nova York

Cansado de ouvir as conversas de outras pessoas no celular? Pode piorar. Em breve, talvez você tenha também de assistir aos programas de televisão e aos vídeos preferidos deles do YouTube, que serão projetados em paredes próximas ou na parte traseira dos assentos dos trens. A indústria prepara o lançamento de projetos digitais portáteis. Essas máquinas, quando ligadas a telefones celulares e tocadores de mídia digital, permitirão que os consumidores enviem vídeos de seus equipamentos portáteis para a superfície plana mais próxima - divertindo-se, incomodando os vizinhos e, possivelmente, contribuindo para o surgimento de uma nova placa de aviso: proibidos projetores nesta área.

Os microprojetores, que ainda são protótipos, usam diodos emissores de luz, lasers ou uma combinação dos dois para projetar imagens de até 50 ou 60 polegadas, talvez maiores, em lugares escuros e imagens de sete a 20 polegadas quando o ambiente está iluminado.

Os projetores digitais costumam ser grandes. Os novos modelos, no entanto, são pequenos o bastante para caberem no bolso dos consumidores que querem tirar uma experiência de tela grande de um equipamento de tela pequena. Alguns modelos devem chegar ao mercado até o fim do ano, ou ainda antes.

Os preços não foram anunciados. Matthew S. Brennesholtz, analista da empresa de pesquisas Insight Media, acredita que vão custar inicialmente US$ 350, e que logo os preços devem cair para menos de US$ 300.

Os projetores podem ser particularmente úteis para apresentações de negócio - por exemplo, quando os profissionais que trabalham na rua precisam mostrar o vídeo de um produto para grupos pequenos. Não será preciso arranjar uma tela. Um pedaço de parede em um cubículo ou restaurante pode servir para a apresentação de última hora.

Carolina Milanesi, diretora de pesquisas da Gartner em Londres, acredita que os microprojetores devem atender a viajantes de negócios que, por exemplo, podem usá-los para fazer apresentações de PowerPoint a partir de seus telefones inteligentes.

Mas ela tem dúvidas sobre se consumidores vão usá-los em público, por exemplo, para projetar documentos na parte traseira de um assento de trem, porque eles seriam facilmente lidos pelos outros. “Eu odeio até quando estou no metrô e o cara do lado lê meu jornal”, disse.

Mais informações: http://link.estadao.com.br

18.3.08

18/03/2008 - 11h47
Novas tecnologias provocam guerra de informações sobre o Tibete
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da Folha Online, da France Presse, em Pequim

Blogs, salas de bate-papo virtuais e celulares estão fazendo com que as informações a respeito dos protestos contra a situação no Tibete sejam divulgadas mais rápido do que nunca. Porém, o governo chinês também "se arma" da tecnologia para conter o fluxo de informações negativas.

Internautas, jornalistas e empresas lutam por informações na medida em que tentam construir uma imagem imparcial dos protestos e das restrições impostas pela China no Tibete e em outros locais do país nos últimos dias.

Jeremy Goldkorn, editor do Danwei.org, que monitora a mídia chinesa, diz que as novas tecnologias estão forçando as autoridades a admitir a existência de eventos como os protestos no Tibete.

"Eles não podem mais esconder um desastre", afirmou Goldkorn. "Antes da internet, a China conseguia isolar uma área porque a maior parte da população não tinha acesso à informações, mas agora isso não é possível."

O blog Tenement Palm, traduziu conversas entre internautas publicados em microblogs --em que os usuários conseguem postar mensagens usando o telefone celular.

O blog coletou dezenas de posts em chinês de pessoas que diziam estar em Lhasa (capital tibetana) e publicou a versão em inglês destas mensagens.

"Lhasa está uma grande confusão, escolas foram fechadas, as batalhas na cidade são brutais", diz uma das mensagens, postada no sábado (15), de acordo com o site.

No entanto, alguns fóruns também estão sendo usados como ferramenta para promover as ações do governo chinês. As discussões virtuais trazem opiniões indignadas contra os tibetanos.

"Há apenas uma palavra para estes separatistas que tentam destruir nossa felicidade: morte", escreveu um usuário de Chongqing (sudoeste da China) no portal Sina.com.

Bloqueio

Desde que começaram os protestos, na semana passada, o governo chinês bloqueou o portal de troca de vídeos YouTube e o site do jornal britânico "The Guardian", após receberem conteúdo sobre os protestos em Lhasa.

O site do jornal britânico "The Guardian" foi um dos primeiros a publicar fotos das manifestações em Lhasa, que começaram na segunda-feira (10), quando ocorreu o 49º aniversário da malsucedida insurreição de 1959.