Mobile Learning: faça cursos e aprenda conceitos pelo celular
Empresa cria aplicativos de e-learning com vídeos, textos e até testes que podem ser feitos pelo próprio celular
Terça-feira, 26 de outubro de 2010 às 19h05
Olhar Digital
Stephanie Kohn
Pensando na ascensão da mobilidade no mundo atual, a Aztek resolveu criar uma nova maneira de apresentar soluções de e-learning. O aplicativo, que a princípio foi criado apenas para iPhone, traz conteúdo de cursos e treinamentos de empresas que querem passar novos conceitos para seus funcionários. A ideia é que ao invés das empresas marcarem reuniões ou encontros para treinar seus colaboradores, eles passem a utilizar a aplicação. Dessa forma, todos terão fácil acesso ao conteúdo e podem, inclusive, manter uma rotina de cursos, testes e treinamentos.
O Aztek Mobile Learning pode ser acessado via 3G ou Wi-Fi e leva para o aplicativo todo o conteúdo armazenado no servidor da empresa. A Aztek cria desde o conteúdo, com a ajuda de pedagogos, roteiristas e designers instrucionais, até a produção de vídeos didáticos e divertidos com a produção de um cineasta.
"Queremos trocar a letra E do e-learning por Entertainment, pois acreditamos que dessa forma fica mais fácil aprender", diz Eduardo Teruiya, sócio-diretor da Aztek e professor de gerenciamento de projetos da USP. Todo o conteúdo tem textos e vídeos curtos, mas que trazem um alto teor de conceito - uma maneira que Eduardo encontrou para tornar o Mobile Learning atrativo e fácil de usar. Os vídeos funcionam sempre como uma metáfora que explica as teorias de forma engraçada e simples. Além disso, existem testes para que os usuários saibam o quanto aprenderam com aquela ação.
Para as empresas contratantes do serviço os testes são a comprovação de que o treinamento deu resultado. Eduardo conta que o sistema funciona como um medidor. Se muitos funcionários tiveram erros nas mesmas questões, aquele conceito deve ser revisto e, algumas vezes, refeito, pois não está passando a mensagem correta. "Imagine que traduzimos uma aula de uma hora de duração em menos de 20 minutos de treinamento no celular. Temos que passar a mensagem de forma clara, mas que permaneça na cabeça da pessoa, como o comercial faz", explica o professor.
Nem sempre o conteúdo é inteiramente planejado pela Aztek, mas Teruiya diz que eles se preocupam muito para que tudo seja feito com a melhor qualidade, pois não querem que o aplicativo seja utilizado para cursos que não gerem resultados positivos.
O Aztek Mobile Learning estará disponível para outras plataformas no próximo semestre e o preço pode ser até 30% mais caro que os e-learnings convencionais. Segundo Eduardo, o motivo do preço elevado é a qualidade do conteúdo criado.
17.11.10
17.3.10
16.2.10
iPod touch for mobile learning
Assista a esta apesentação sobre mobile learning de Jonathan Nalder
iPod touch for mobile learning
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8.2.10
Celulares: Uma convergência para aprendizagem?
Os telefones celulares se tornaram parte integrante da vida das pessoas
sendo hoje uma extensão do seu corpo. A adoção destes dispositivos para
consumir, produzir e trocar conteúdo digital, é particularmente alta.
Cada vez mais sua penetração se dá em todas as camadas sociais e é uma progressão lógica pensar que a inclusão digital se dará através destes dispositivos portáteis.
Será que a educação por TIMS (Tecnologias da Informação e Comunicações Moveis e Sem Fio) poderá vir a ser uma forma de integração do
EAD (Ensino A Distancia), uma plataforma1 integrada com a sala de aula ou
ainda um facilitador para aprendizagem informal?
Um dos desafios pedagógicos a serem estudados é o seu potencial convergente e as dimensões de processos de ensino-aprendizagem que podem ser adequados a esta plataforma, que ao mesmo tempo é um meio, é pessoal e individual, convergente e de conteúdo fragmentado.
Em anexo disponibilizo o link da minha pesquisa exploratória (Celulares: Uma convergência para aprendizagem?) que trata de alguns onceitos, frameworks e teorias que norteiam o universo da aprendizagem móvel e ubíqua, suas áreas de adoção, seus potenciais beneficiários (nativos digitais) e sua relação com os protocolos sociais e culturais que permeiam as redes sociais e comunidades de conhecimento.
Boa leitura!
Os telefones celulares se tornaram parte integrante da vida das pessoas
sendo hoje uma extensão do seu corpo. A adoção destes dispositivos para
consumir, produzir e trocar conteúdo digital, é particularmente alta.
Cada vez mais sua penetração se dá em todas as camadas sociais e é uma progressão lógica pensar que a inclusão digital se dará através destes dispositivos portáteis.
Será que a educação por TIMS (Tecnologias da Informação e Comunicações Moveis e Sem Fio) poderá vir a ser uma forma de integração do
EAD (Ensino A Distancia), uma plataforma1 integrada com a sala de aula ou
ainda um facilitador para aprendizagem informal?
Um dos desafios pedagógicos a serem estudados é o seu potencial convergente e as dimensões de processos de ensino-aprendizagem que podem ser adequados a esta plataforma, que ao mesmo tempo é um meio, é pessoal e individual, convergente e de conteúdo fragmentado.
Em anexo disponibilizo o link da minha pesquisa exploratória (Celulares: Uma convergência para aprendizagem?) que trata de alguns onceitos, frameworks e teorias que norteiam o universo da aprendizagem móvel e ubíqua, suas áreas de adoção, seus potenciais beneficiários (nativos digitais) e sua relação com os protocolos sociais e culturais que permeiam as redes sociais e comunidades de conhecimento.
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8.12.09
Google apresenta sistema para buscas visuais através do celular
A Google apresentou hoje nos Estados Unidos sua nova plataforma para telefones celulares: o Google Goggles, que permite realizar buscas utilizando uma imagem em vez de palavras.
Google Goggles, segundo a informação fornecida após a apresentação da plataforma na Califórnia, foi planejada para telefones que utilizam o sistema operacional Android e está disponível em inglês em todo o mundo.
O novo sistema permite ao usuário realizar buscas a partir de um lugar ou de um objeto, mesmo se não souber seu nome.
Quando é realizada uma consulta de busca visual, o Google Goggles decompõe a imagem em várias partes e as contrasta com outras da base de dados da empresa para ver se encontra alguma coincidência.
Depois de encontrá-la, a ferramenta devolve termos de buscas relevantes para essa imagem. O Google Goggles atualmente é capaz de reconhecer dezenas de milhões de imagens, entre elas lugares, obras de arte famosas e logotipos.
Para fazer uma consulta, basta abrir o Google Goggles e segurar o telefone em frente ao lugar que interessa ao usuário.
Por meio do GPS do dispositivo e de uma bússola, o Google Goggles é capaz de reconhecer que lugar se trata e de mostrar o nome no visor da câmera. Para obter mais informação, só é preciso clicar no nome.
"Quando uma busca é realizada, em algumas ocasiões é mais eficiente introduzir uma imagem que utilizar palavras, sobretudo se for feito de um celular", disse, em comunicado, Shailesh Nalawadi, diretor de produto do Google Goggles.
"A visão por computador é uma tecnologia ainda incipiente, mas o Goggles já está demonstrando seu potencial e nós estamos trabalhando muito para ampliar nossa capacidade de reconhecimento. Em um futuro próximo, a busca visual será algo tão natural quanto a feita com os dedos", acrescentou. EFE
Fonte: G1
A Google apresentou hoje nos Estados Unidos sua nova plataforma para telefones celulares: o Google Goggles, que permite realizar buscas utilizando uma imagem em vez de palavras.
Google Goggles, segundo a informação fornecida após a apresentação da plataforma na Califórnia, foi planejada para telefones que utilizam o sistema operacional Android e está disponível em inglês em todo o mundo.
O novo sistema permite ao usuário realizar buscas a partir de um lugar ou de um objeto, mesmo se não souber seu nome.
Quando é realizada uma consulta de busca visual, o Google Goggles decompõe a imagem em várias partes e as contrasta com outras da base de dados da empresa para ver se encontra alguma coincidência.
Depois de encontrá-la, a ferramenta devolve termos de buscas relevantes para essa imagem. O Google Goggles atualmente é capaz de reconhecer dezenas de milhões de imagens, entre elas lugares, obras de arte famosas e logotipos.
Para fazer uma consulta, basta abrir o Google Goggles e segurar o telefone em frente ao lugar que interessa ao usuário.
Por meio do GPS do dispositivo e de uma bússola, o Google Goggles é capaz de reconhecer que lugar se trata e de mostrar o nome no visor da câmera. Para obter mais informação, só é preciso clicar no nome.
"Quando uma busca é realizada, em algumas ocasiões é mais eficiente introduzir uma imagem que utilizar palavras, sobretudo se for feito de um celular", disse, em comunicado, Shailesh Nalawadi, diretor de produto do Google Goggles.
"A visão por computador é uma tecnologia ainda incipiente, mas o Goggles já está demonstrando seu potencial e nós estamos trabalhando muito para ampliar nossa capacidade de reconhecimento. Em um futuro próximo, a busca visual será algo tão natural quanto a feita com os dedos", acrescentou. EFE
Fonte: G1
23.11.09
Romances escritos no celular provocam mudanças no japonês
Formato curto e direto abre discussão sobre o futuro do idioma
Fonte: Rodrigo Villela, Estadão
Um ensaio publicado no jornal norte-americano The New York Times analisa uma nova mania no Japão, os romances para celular. Mas não é sobre isso que trata o texto “A tecnologia está emburrecendo o japonês?”. Segundo Emily Parker, a autora do texto, estes romances são escritos diretamente nos celulares, onde também são lidos. Com linguagem ágil, as matizes e sutilezas do japonês estariam virando coisa de antigamente.
Para os contrários à mudança, a dominância do inglês – aliada à internet – não está sendo levada a sério. Afinal, a simplificação do japonês teria começado após a Segunda Guerra, o que na época criou uma lacuna entre as gerações que presenciaram essa alteração. O premiado escritor Haruki Murakami (autor de, entre outros, Dance Dance Dance, publicado aqui pela Estação Liberdade), autor de vários best-sellers, afirma: “Se a língua quer mudar, deixe-a mudar. Toda língua é viva como um ser vivo, como você ou eu. E se está vivo, mudará. Ninguém pode parar isso”. E acrescenta: “As mudanças são para melhor ou para pior – e ninguém pode dizer se é melhor ou pior”.
Mas a mudança mais intensa na língua se deu via celular, onde autores, em sua maioria jovens mulheres, escrevem romances formados por sentenças curtas, geralmente histórias de amor.
O auge do fenômeno foi em 2007, quando cinco dos dez best-sellers japoneses eram desta natureza. Apesar do sucesso, autores como Murakami dizem não ter interesse nessa literatura. Outros argumentam que há espaço para leitores que se sentem confortáveis com a linguagem simples e também para os que não se satisfazem com simplicidade. Exemplo dessa diversidade do mercado é o lançamento do mais novo livro de Murakami no Japão (1Q84 - I), que em cerca de um mês vendeu um milhão de exemplares impressos.
Apesar da polêmica, de acordo com o ensaio, os japoneses estão lendo mais. E escrevendo mais também. Para um professor universitário consultado, “o tempo das cartas voltou”. Ele hoje recebe mais mensagens de alunos do que há 20 anos. As pessoas também estão usando mais o kanji. Em vez de decorar os ideogramas, hoje dá para digitar as palavras foneticamente e uma lista de caracteres aparece em pop-up, aí é só escolher a opção desejada.
Parker diz que “o japonês pode se tornar menos intimidador, encorajando muitas pessoas a desfrutar do prazer da leitura e da escrita”. E finaliza: “A tecnologia fará o Japão perder sua reputação de língua singularmente difícil? Possivelmente. Mas isso pode ser bom. O Japão, uma sociedade em envelhecimento, pode enfrentar um afluxo de imigração num futuro não muito distante. Uma linguagem mais acessível pode agilizar o processo de internacionalização do país”.
Formato curto e direto abre discussão sobre o futuro do idioma
Fonte: Rodrigo Villela, Estadão
Um ensaio publicado no jornal norte-americano The New York Times analisa uma nova mania no Japão, os romances para celular. Mas não é sobre isso que trata o texto “A tecnologia está emburrecendo o japonês?”. Segundo Emily Parker, a autora do texto, estes romances são escritos diretamente nos celulares, onde também são lidos. Com linguagem ágil, as matizes e sutilezas do japonês estariam virando coisa de antigamente.
Para os contrários à mudança, a dominância do inglês – aliada à internet – não está sendo levada a sério. Afinal, a simplificação do japonês teria começado após a Segunda Guerra, o que na época criou uma lacuna entre as gerações que presenciaram essa alteração. O premiado escritor Haruki Murakami (autor de, entre outros, Dance Dance Dance, publicado aqui pela Estação Liberdade), autor de vários best-sellers, afirma: “Se a língua quer mudar, deixe-a mudar. Toda língua é viva como um ser vivo, como você ou eu. E se está vivo, mudará. Ninguém pode parar isso”. E acrescenta: “As mudanças são para melhor ou para pior – e ninguém pode dizer se é melhor ou pior”.
Mas a mudança mais intensa na língua se deu via celular, onde autores, em sua maioria jovens mulheres, escrevem romances formados por sentenças curtas, geralmente histórias de amor.
O auge do fenômeno foi em 2007, quando cinco dos dez best-sellers japoneses eram desta natureza. Apesar do sucesso, autores como Murakami dizem não ter interesse nessa literatura. Outros argumentam que há espaço para leitores que se sentem confortáveis com a linguagem simples e também para os que não se satisfazem com simplicidade. Exemplo dessa diversidade do mercado é o lançamento do mais novo livro de Murakami no Japão (1Q84 - I), que em cerca de um mês vendeu um milhão de exemplares impressos.
Apesar da polêmica, de acordo com o ensaio, os japoneses estão lendo mais. E escrevendo mais também. Para um professor universitário consultado, “o tempo das cartas voltou”. Ele hoje recebe mais mensagens de alunos do que há 20 anos. As pessoas também estão usando mais o kanji. Em vez de decorar os ideogramas, hoje dá para digitar as palavras foneticamente e uma lista de caracteres aparece em pop-up, aí é só escolher a opção desejada.
Parker diz que “o japonês pode se tornar menos intimidador, encorajando muitas pessoas a desfrutar do prazer da leitura e da escrita”. E finaliza: “A tecnologia fará o Japão perder sua reputação de língua singularmente difícil? Possivelmente. Mas isso pode ser bom. O Japão, uma sociedade em envelhecimento, pode enfrentar um afluxo de imigração num futuro não muito distante. Uma linguagem mais acessível pode agilizar o processo de internacionalização do país”.
18.11.09
Celulares em rede vão ´aprender´com o usuário
Por Filipe Serrano*
Nada de câmeras, MP3 player, GPS, 3G, tela sensível ao toque ou Wi-Fi. Muito mais do que ter um amontoado de recursos tecnológicos, a grande novidade dos celulares do futuro será ter aplicações que facilitem a relação entre as pessoas. Os contatos estarão integrados a serviços online, possibilitando o desenvolvimento de novos usos para o telefone.
Imagine, por exemplo, que você faz uma viagem para Paris e registra em uma rede social, pelo celular, todo o roteiro, com os passeios que fez e os restaurantes que visitou. Quando um amigo sair em férias parisienses, poderá acompanhar o roteiro que você fez, também pelo celular. E quando ele apontar o telefone para a catedral de Notre Dame, vai surgir na telinha dele uma mensagem que você deixou lá, com uma dica, por exemplo, de um restaurante bom ali perto.
Se você pensar bem, hoje em dia já é possível fazer isso usando programas que traçam rotas e aplicativos de realidade aumentada, que permitem deixar mensagens virtuais em lugares reais. Mas o desafio dos fabricantes de celular daqui em diante será como transformar essa experiência em algo tão natural quanto uma conversa sobre viagens na mesa de jantar.
A vontade das pessoas de compartilhar experiências relevantes para cada situação, mais do que qualquer tecnologia, é que vai influenciar o desenvolvimento de novos recursos para celulares.
Na última semana, em evento sobre o futuro da mobilidade em sua sede, em Helsinque
( Finlândia), a Nokia apresentou um vídeo em que imagina como usaremos o celular em 2015. Todos os aparelhos estarão ligados a uma rede de informações online, que, a partir disso, vai gerar informações de acordo com o seu comportamento.
Com isso, será possível oferecer novos serviços, como mostrar a situação precisa do trânsito ou fazer buscas de acordo com a localização, com pessoas e com a data. Por exemplo, você poderá pesquisar o nome de um restaurante a que foi com um amigo específico no mês de junho. O celular também indicará notícias relevantes para cada pessoa, de acordo com a profissão e a localização.
"Uma vez que é difícil diferenciar criadores e consumidores de conteúdo, as pessoas vão precisar de um aparelho que seja mais interativo e inteligente, para tirar o melhor de cada momento. Em 2015 todos se beneficiarão do fato de estarmos conectados, em qualquer lugar, a qualquer hora", disse Heikki Norta, diretor de estratégias corporativas da Nokia, um dos poucos palestrantes a realmente falar do futuro da mobilidade com profundidade durante sua apresentação no evento.
Oskar Korkman, diretor de pesquisas sobre tendências de comportamento da Nokia, também explicou que a fragmentação das relações entre as pessoas - cada vez mais casuais, ainda que profundas, e ligadas a lugares e momentos específicos - aumentam a necessidade de compartilhar a intimidade e a experiência por meio de aparelhos eletrônicos, no caso, o celular ligado à web. Por isso, telefones e serviços online precisam se adaptar. "Não queremos empurrar os serviços para as pessoas. É importante que elas possam escolher como querem compartilhar suas experiências", disse Korkman.
É por isso que o fabricante aposta na extensa oferta de serviços e tem a meta de chegar a 2011 com 300 milhões de usuários de sua rede Ovi - um portal que serve para baixar aplicativos, compartilhar fotos, entre outros. Uma meta mais do que ousada, como se fosse possível chegar ao tamanho do Facebook em um ano.
*O repórter viajou a Helsinque a convite da Nokia
Por Filipe Serrano*
Nada de câmeras, MP3 player, GPS, 3G, tela sensível ao toque ou Wi-Fi. Muito mais do que ter um amontoado de recursos tecnológicos, a grande novidade dos celulares do futuro será ter aplicações que facilitem a relação entre as pessoas. Os contatos estarão integrados a serviços online, possibilitando o desenvolvimento de novos usos para o telefone.
Imagine, por exemplo, que você faz uma viagem para Paris e registra em uma rede social, pelo celular, todo o roteiro, com os passeios que fez e os restaurantes que visitou. Quando um amigo sair em férias parisienses, poderá acompanhar o roteiro que você fez, também pelo celular. E quando ele apontar o telefone para a catedral de Notre Dame, vai surgir na telinha dele uma mensagem que você deixou lá, com uma dica, por exemplo, de um restaurante bom ali perto.
Se você pensar bem, hoje em dia já é possível fazer isso usando programas que traçam rotas e aplicativos de realidade aumentada, que permitem deixar mensagens virtuais em lugares reais. Mas o desafio dos fabricantes de celular daqui em diante será como transformar essa experiência em algo tão natural quanto uma conversa sobre viagens na mesa de jantar.
A vontade das pessoas de compartilhar experiências relevantes para cada situação, mais do que qualquer tecnologia, é que vai influenciar o desenvolvimento de novos recursos para celulares.
Na última semana, em evento sobre o futuro da mobilidade em sua sede, em Helsinque
( Finlândia), a Nokia apresentou um vídeo em que imagina como usaremos o celular em 2015. Todos os aparelhos estarão ligados a uma rede de informações online, que, a partir disso, vai gerar informações de acordo com o seu comportamento.
Com isso, será possível oferecer novos serviços, como mostrar a situação precisa do trânsito ou fazer buscas de acordo com a localização, com pessoas e com a data. Por exemplo, você poderá pesquisar o nome de um restaurante a que foi com um amigo específico no mês de junho. O celular também indicará notícias relevantes para cada pessoa, de acordo com a profissão e a localização.
"Uma vez que é difícil diferenciar criadores e consumidores de conteúdo, as pessoas vão precisar de um aparelho que seja mais interativo e inteligente, para tirar o melhor de cada momento. Em 2015 todos se beneficiarão do fato de estarmos conectados, em qualquer lugar, a qualquer hora", disse Heikki Norta, diretor de estratégias corporativas da Nokia, um dos poucos palestrantes a realmente falar do futuro da mobilidade com profundidade durante sua apresentação no evento.
Oskar Korkman, diretor de pesquisas sobre tendências de comportamento da Nokia, também explicou que a fragmentação das relações entre as pessoas - cada vez mais casuais, ainda que profundas, e ligadas a lugares e momentos específicos - aumentam a necessidade de compartilhar a intimidade e a experiência por meio de aparelhos eletrônicos, no caso, o celular ligado à web. Por isso, telefones e serviços online precisam se adaptar. "Não queremos empurrar os serviços para as pessoas. É importante que elas possam escolher como querem compartilhar suas experiências", disse Korkman.
É por isso que o fabricante aposta na extensa oferta de serviços e tem a meta de chegar a 2011 com 300 milhões de usuários de sua rede Ovi - um portal que serve para baixar aplicativos, compartilhar fotos, entre outros. Uma meta mais do que ousada, como se fosse possível chegar ao tamanho do Facebook em um ano.
*O repórter viajou a Helsinque a convite da Nokia
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